Poema

Borboletas no Jardim

Ledas borboletas criam
Suaves ondas sobre as flores
Em brisas que acariciam
Na colheita mil sabores.

Junto ao nectar s'ensaboam
Voam, poeminhas, voam!

ElischaDewes

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A doce-doce Ambrosia

É bem fácil de fazer

Ambrosia saborosa.

Se dourada, branca ou rosa

Basta sua cor escolher.

Ponha a  calda pra ferver

Junte um bom litro de leite,

Um limão, cravo e canela

E esqueça-se da panela.

Os grumos serão o enfeite

E o doce, hum... que deleite!

Elischa Dewes

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No colo da serra

 

dueto com M.Tereza-RN
Elischa Dewes-RS 

Vamos saudar a poesia
Do céu, do Sol e do mar ,
Do céu saúdo as aves
Que acordam a gorjear;
E pro Sol que nos aquece,
Do mar elevo uma preçe
Pra poesia iluminar!

Salpicaremos a estrada
Com flores a perfumar 
E um coro de passarinhos
Conosco virá cantar...
Como uma doce canção
O orvalho da inspiração
Irá nossa alma afagar!


Quando a chuva no sertão
Canta a canção de ninar,
Dá chance em profusão
De vida nova brotar;
E a cada pingo que desce,
O anjo recita a preçe,
Do sertanejo a sonhar!
 

Sento no colo da serra
Pra ver a lua, luar...
Me banho na areia branca,
Sentindo o beijo do mar...
Vento brinca nos cabelos,
Arrepia nosso pelos
Foge pra outro lugar!


O cheiro verde do mato
Desperta minha emoção,
Fagulhas de Sol, no mar,
Aquecem meu coração.
Um seresteiro cantando
E a noite se derramando,
Na palma da minha mão!


Flores brancas e amarelas
Formam o tapete do chão,
Seu carinho, igual a elas,
Só faz bem ao coração!
No vai e vem da poesia,
Seu poema em calmaria,
Completa minha emoção!

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Vinho raro e precioso

 

Certa vez,

Que parece ter sido em outra vida,

Visitava antigos parentes de meu pai

E tive o prazer de sorver um vinho

De safra pequena e única. 

Foi num lugarejo bem ao norte da Espanha,

Numa casa centenária toda feita de pedras.

O vinho era de uma das mais antigas videiras do lugar

Que seria arrancada para dar lugar a uma construção.

O Sol descia lento e avermelhado

Abrindo, gentilmente,

Caminho para a menina Lua,

- A que trazia estrelas nos cabelos.

Ali, na varanda de pedras,

Sorvíamos o inigualável vinho

Em pequenos e demorados goles,

Como se fosse a última maravilha do mundo.

 

Assim considero alguns poemas que leio.

Tão belos e únicos quanto aquele vinho.

Poemas  para serem degustados

Cada palavra e expressão

Lenta e deliciosamente. 

Com a mesma emoção

Daquele momento mágico do vinho,

Que não por ter sido da última safra,

Mas que, por seu aroma, densa textura

E o mesmo tom do crepúsculo,

Achou de  em mim  ficar tatuado. 

Elischa Dewes

Orquídea brasileira perfumada e belíssima!

No jardim bela surpresa

Veio com o amanhecer

E o dia parou pra ver

Pasmo com tanta beleza!

Presente da natureza

Docemente perfumada

Essa orquídea delicada

É nossa, é bem brasileira.

E uma jóia que a ingazeira

Usa no colo, encantada! 

ElischaDewes

"Nas casas do interior"

"Nas casas do Interior"
glosa

Decorada está a mesa
Com lanterna de bambu.
Abacate, uva e chuchu
Colhidos na natureza.
Não é tudo uma beleza?
O guardanapo é um lavor
Feito em crochê, pela avó.
E onde tem pão de Ló
Preparado com amor?
  Nas casas do interior!

Elischa Dewes
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Salada de quiabo crú

 

Lá estava eu preparando

Quiabos na mais santa paz.

Com cuidado ia cortando

E não é que faltou gás?

Então cru os preparei,

Com temperos bons untei,

Que delicia,  meu rapaz!

Só tempos depois descobri que já existia

 essa salada de quiabo cru.

Mas neste dia foi uma deliciosa surpresa!

 Experimente!

Elischa Dewes

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